sexta-feira, 4 de julho de 2014

Sonhos


Eu sonho, não aquele sonho normal enquanto uma pessoa dorme, não, isso é muito vulgar para mim e cada um deles é sempre mais estranho que o anterior, entre assaltos e raptos vou sonhando... Talvez ande muito stressada e seja essa a razão destes sonhos diabólicos. Quiçá. 
Contudo não é esse sonhar que eu mais amo, seria estranho amar algo que ultimamente só tem coisas negativas não? (já aqui voltamos), e provavelmente por isso mesmo prefiro o outro sonhar, aquele em que comando a minha vida. Sim, o sonhar acordada. Não é tão bom? Num instante tanto podemos visitar o passado, viver o presente ou até mesmo espreitar o futuro. Oh o Futuro, como eu sempre quis espreitá-lo. Ainda quero, principalmente saber quem lá estará e que escolhas irei eu fazer. Será que me mantenho por Inglaterra e ponho o meu coração e lágrimas de fora por cada vez que tenho de voltar de Portugal OU será que faço as malas, volto para a minha zona de conforto, perto da família e amigos, e luto por um amor que parece nunca ter sido completamente esquecido por ambas as partes (ilusão ou não, é assim que o vejo)?
Quando sonho acordada há duas coisas que normalmente me passam pela mente (além do querer voltar para o meu país): estar numa praia à beira-mar e o teu reaparecimento na minha vida. Vamos começar pelo primeiro tópico, sempre adorei o mar, sempre me acalmou e me fez ver novas perspectivas de determinados assuntos na minha vida, mas ultimamente «sonho» muito com o mar, com o barulho das ondas, muito possivelmente porque moro em Londres e estou privada de poder aproveitar uma tarde à beira-mar. 
O segundo ponto, oh well, o que há para dizer? A verdade é que é muito raro «sonhar» e não me vires à mente, mente essa sempre tão traquina, que me mente (daí o seu nome) mostrando-me possíveis desfeches de amor que começou por ser um amor de adolescentes. Foi evoluindo é verdade, mas nunca chegou a um amor de adultos, não sei se isso é bom ou mau, há quem diga que enquanto adultos por vezes não somos capazes de amar verdadeiramente devido a todas as decepções e ilusões pelas quais passamos.  Contudo, eu preciso acreditar num 'amor de adultos', uma versão 3.0 beta daquela que vivemos, porque eu tenho muito para te mostrar e também para te dar e estaria a mentir se dissesse que não quero um presente e um futuro contigo.
Maldito aquele dia de Novembro em que tive de te conhecer, em que tive de pernoitar na tua casa, debaixo do teu olhar. És um ladrão de primeira - e isso deve ser-te reconhecido - porque bastou um olhar e uma troca (mínima) de palavras para me roubares o coração. Arrancaste-mo do peito e nunca mais mo devolveste, nem mesmo depois de oito anos. 
Sabes que dizem que quando são almas gémeas que é assim? Um encontro mágico, há uma troca de olhares e pronto fodeu. Enfim, o amor é assim, fodido, e nós dois sabemos muito bem disso, bem demais até.
Comecei a amar-te (mais) no dia em nos abandonámos. É estranho nutrir esse sentimento e querer algo que no fim orgulhava-se da negatividade e do mal que nos fazia, não é? Mas mesmo assim eu continuo a amar e a sonhar. Porque no fim não passa disso mesmo, de um sonho. E tu, sonhas?

Nheca

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