domingo, 5 de setembro de 2010

Fevereiro '10


Palavras tão gélidas que, por mais que um gesto valha, nos cortam por dentro em pedacinhos inimagináveis.
Como é possível sermos capazes de tal crueldade, por muitas das vezes com aqueles que mais amamos, que vivem vinte e quatro horas por dia por nós?
Como podemos desligar tão facilmente dos nossos amigos e por vezes esquecermos num ápice as pessoas com quem falamos horas a fio todos os dias?
Será que realmente temos um botãozinho minúsculo "on/off" ?
Botão esse que, aparentemente, quando o queremos utilizar com alguma paixão do passado não funciona e que como tal é o nosso inconsciente que o liga?
Será o nosso subconsciente todo poderoso e capaz de pregar mil e uma partidas a nós próprios?

E tudo isto para que partamos, tal como um velho sábio defendia, em busca da nossa alma, pois se nascemos com duas mãos para agarrar, com duas pernas para andar, com dois olhos para ver, com duas orelhas para ouvir e com apenas um coração então é porque precisamos encontrar o coração que nos falta, coração esse que está na nossa outra metade.

Tudo isto para nos definirmos, para termos os comandos e as coordenadas certas.

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