domingo, 28 de novembro de 2010


Não sei o que te dizer... Apenas que reside em mim um Medo enorme. Maior que o meu pequeno corpo, pequeno e desajeitado, medo de te perder, medo de já ter perdido uma parte de ti.

Fui cobarde, eu sei. Quis desistir, dei por mim a ter certezas de que não conseguia mais combater este dia-a-dia que, por vezes, se torna tão atribulado, que se torna numa bolha de sentimentos que vai rolando montanha abaixo, que vem na minha direcção acabando por me esmagar, por me deixar deitada e sozinha num chão tão gélido que quase sinto o meu coração a parar de bater e o sangue a deixar de me percorrer todo o corpo.

Só pedia para que fosses embora, e estava convicta desse querer, porém quando realmente te foste embora, o meu coração, como se de um pedaço de vidro se tratasse, estilhaçou-se, transformando-se em imensas salgadas lágrimas.

Custou-me ver-te naquele estado, não penses que não, mas penso que ambos precisávamos de saber se necessitávamos de facto um do outro pra viver. Precisávamos de aprender esta lição.

Contudo sinto que foi um erro deixar-te partir assim. Uma parte de ti perdeu-se e eu não sei se consigo reave-la ou se mesmo tu a consegues recuperar por nós, porque nem sei se estás disposto a isso...

Desculpa, do fundo do meu coração.
Não volto a deixar-te ir...*

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