domingo, 27 de fevereiro de 2011

Soul

I love thee, I love but thee / With a love that shall not die / Till the sun grows cold / And the stars grow old
Procuras os meus olhos. Finjo olhar o rio, mas é no teu olhar que me detenho ... Olhas bem dentro dos meus olhos, tentas desvendar o mistério que há por detrás, partes em busca da minha alma, vês se esta realmente existe e, por fim, alcanças o meu coração. Nos breves segundos em que me olhas, dás por ti a fabular uma vida inteira a meu lado. Passas por todas as etapas desejando cada uma com mais intensidade que a anterior. De repente voltas à realidade, atraiçoas-te fingindo que não sabes o que sentes. Inconvenientemente, crês que tudo não passou de uma pequena brincadeira que o teu subconsciente te pregou, um mero equívoco. Procuras os meus olhos, desta vez de um modo mais discreto. Num ápice o teu olhar cruza-se com o meu. Sorrimos. Nesses teus olhos cor de topázio também eu me perco. Vejo-me a mim, como também vejo os arcos, o café... Reflexos de ti no meu sorriso.

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